O que é front-end?
Front-end e back-end são partes independentes, porém complementares, de um software. Se compararmos um software a um restaurante, podemos dizer que o front-end inclui elementos como a fachada, as mesas, as cadeiras, o cardápio e a equipe de atendimento. O back-end, por sua vez, seria a cozinha o departamento administrativo do restaurante, responsáveis pela operação dele e inacessíveis aos consumidores.
O front-end é a interface gráfica do usuário de um software. É por meio dele que os usuários conseguem interagir com o respectivo site ou aplicação.
O que compõe o front-end?
Front-end é a interface gráfica do usuário de um site ou aplicação, ou seja, ela é a parte do software feita para ser operada pelos usuários. Pode-se afirmar, então, que o front-end é voltado às necessidades e expectativas dos humanos, estando entre suas prioridades exibir informações de forma atrativa e possibilitar interações inteligíveis. Ainda, o front-end deve ter foco em proporcionar uma boa experiência do usuário (UX).
O front-end é também a parte do software executada no cliente. De aparência mais simples, ele não revela o complexo processamento de informações que ocorre na “parte de trás”, o back-end. Em segundo plano, por meio de uma interface de programação de aplicações (API), o front-end se comunica com o back-end a todo tempo, para sincronizar dados e refletir as devidas alterações.
Porque respeitam o princípio de programação da separação de interesses, front-end e o back-end são considerados partes independentes. No entanto, ambos são igualmente necessários para que um software funcione plenamente. Sem o back-end, o front-end não passa da fachada de uma casa que não possui nada no seu interior.
Quem pode acessar o front-end?
Dois grupos de pessoas acessam o front-end de um site ou aplicação:
- Usuários, que interagem com o software pelo front-end.
- Desenvolvedores front-end, para criar e manter o front-end do software.
A seguir explicaremos, em mais detalhes, o papel de cada um desses grupos de pessoas que acessam o front-end.
Quais são os papéis dos usuários no front-end?
Visitantes de sites navegam por suas subpáginas, por meio de links. Eles consomem conteúdo em forma de texto, acessam outros tipos de mídia, e interagem com botões e outros elementos, como com formulários HTML, menus suspensos e campos de inserção de informações.
Usuários de aplicações fazem o mesmo: eles também acessam as funcionalidades de um software e interagem com ele por meio dos botões e de outros elementos disponibilizados. Assim como em sites, o escopo das interações de aplicações é limitado e leva a caminhos bem definidos. Excepcionalmente, usuários de certos softwares obtém mais liberdade, podendo criar conteúdo próprio.
Quais são os papéis dos desenvolvedores no front-end?
Usuários usam o front-end de forma limitada, o que não ocorre com desenvolvedores, profissionais que trabalham com a criação, a manutenção e o aprimoramento do front-end de um site ou aplicação. Eles costumam atuar lado a lado com designers, já que oferecer um produto com um web design fácil de usar está entre as prioridades de ambos.
Mas, o que exatamente desenvolvedores front-end fazem? Para respondermos a essa pergunta, vamos tomar como exemplo o sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS) WordPress. Lá, desenvolvedores front-end criam widgets para WordPress, assim como temas para WordPress, para tornar os sites mais atrativos.
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Graças a temas criados e mantidos por desenvolvedores front-end, diferentes tipos de conteúdo podem ser integrados com fluidez e estruturadamente em um site, garantindo a consistência deste. Ainda, desenvolvedores front-end podem criar landing pages com elementos de call to action (CTA) para guiar visitantes e convidá-los a uma ação. Além disso, o design responsivo também constitui um elemento importante da programação front-end.
Quais são os frameworks mais importantes para o front-end?
O front-end de um software é exibido aos usuários por meio do dispositivo (cliente) utilizado. Apesar de termos de distinguir o front-end web, criado para ser exibido por navegadores, do front-end nativo, criado para rodar em um sistema operacional específico, métodos de desenvolvimento modernos e multiplataforma permitem que front-ends para diferentes dispositivos compartilhem uma mesma base.
As linguagens mais comumente utilizadas em front-ends web incluem HTML, CSS e JavaScript. Essas correspondem aos três elementos fundamentais da programação web:
Elemento | Linguagem |
---|---|
Estrutura | HTML |
Apresentação | CSS |
Comportamento | JavaScript |
Teoricamente, qualquer front-end pode ser criado utilizando-se somente essas três linguagens web. Na prática, contudo, fazer isso dá muito mais trabalho, já que frameworks para front-end existem justamente para simplificar processos de desenvolvimento.
Os inúmeros frameworks para front-end oferecem diferentes recursos e benefícios que se adequam a cenários específicos. Eles ampliam possibilidades de aplicação de linguagens web, facilitam a interação com o back-end e asseguram a consistência do funcionamento do software em diferentes sistemas e navegadores.
Frameworks mais modernos, como o React e o Vue, têm foco na reatividade, fazendo com que alterações nos dados sejam refletidas imediatamente no front-end — componentes (elementos de UI reutilizáveis e independentes) são essenciais para esses frameworks.
A depender da sua necessidade, você pode se beneficiar de frameworks para front-end CSS ou JavaScript puros. Frameworks para front-end web e opções multiplataforma também estão entre as opções disponíveis.
Front-end baseado em componentes com frameworks reativos
Frameworks para front-end em JavaScript são voltados a componentes reativos e feitos sob medida. Esses componentes combinam estrutura, aparência e comportamento para se adaptarem automaticamente às mudanças dos dados subjacentes. Por exemplo, se você excluir um dado de um conjunto, a entrada correspondente desaparecerá da lista, o que fará com que o contador exiba imediatamente o valor atualizado.
Os principais frameworks reativos para front-end são Angular e React. Extremamente complexos, ambos podem ser usados para criar aplicações de página única ou mais sofisticadas. Alternativa a eles é o Vue, framework mais moderno e compacto.
O framework Svelte é um desenvolvimento novo e interessante, que adota uma abordagem diferente do React e de seus equivalentes. Em vez de inventar novas estruturas dentro do JavaScript, ele faz uso de um compilador. Este é capaz de transformar código simples em códigos JavaScript mais complexos.
A maioria dos frameworks reativos para front-end também simplifica o trabalho com dados globais, o que é possível graças ao state-store, ferramenta usada para gerenciar o estado de aplicações de forma centralizada.
Processos de construção separados, que contém um task-runner como Gulp ou Grunt, também podem ser usados para gerar códigos front-end.
Frameworks de aplicação para front-end: Os clássicos
Frameworks de aplicação para front-end (também chamados de frameworks abrangentes) são mais antigos, tendo sido amplamente usado antes do advento dos frameworks reativos. O Bootstrap e suas alternativas, por exemplo, padronizam o front-end para que este seja exibido por diferentes navegadores e sistemas. Frameworks do tipo oferecem uma série de componentes prontos para uso, como menus de navegação, accordions com campos recolhidos e barras deslizantes com imagens animadas.
O que todos os frameworks de aplicação têm em comum é o fato de usarem tanto códigos em JavaScript quanto em CSS. O ZURB Foundation, framework de UI compacto, tem como foco a adaptabilidade de aplicações profissionais. O jQuery UI, outro framework JavaScript minimalista, pode ser combinado ao primeiro, para que desenvolvedores possam se beneficiar das funcionalidades de ambos.
A vantagem de frameworks de aplicação para front-end é que eles são incrivelmente fáceis de usar, bastando, na maioria das vezes, um arquivo CSS ou JavaScript. No entanto, se você precisar realizar alterações ou otimizações, a situação se tornará mais complexa, pois combinar partes diferentes desse tipo de framework é uma tarefa um tanto quanto trabalhosa.
Frameworks de interesse único para front-end: Especializados e compactos
Ao contrário dos frameworks para front-end de aplicação, que combinam JavaScript e CSS, frameworks de interesse único (single-interest) se limitam a uma única linguagem. Foi o Tailwind CSS que estabeleceu esse padrão ao adotar uma abordagem baseada em classes para o desenvolvimento de componentes de front-end com regras de CSS. No Tailwind, classes predefinidas são utilizadas diretamente em elementos HTML para aplicar estilos, em vez de exigir que o usuário escreva o respectivo código manualmente.
O Alpine JS, por outro lado, outro framework para front-end, é uma ferramenta chave de manipulação de comportamento e reatividade. Em vez de depender exclusivamente de CSS, ele utiliza trechos de JavaScript prontos para uso. Esse framework se descreve como o JavaScript utilitário para a web moderna, fazendo referência ao clássico framework jQuery.
Nosso artigo introdutório ao jQuery apresenta seletores, sintaxes e outros elementos importantes desse framework.
A principal vantagem dos frameworks de interesse único é a simplicidade deles. Geralmente, eles permitem reduzir a quantidade de código ao mínimo necessário, embora a realização de um processo de configuração separado possa ser necessária. Além disso, diferentes partes desse tipo de framework podem ser combinadas: uma combinação popular é a junção do Tailwind CSS com o Alpine JS.
Frameworks multiplataforma: Criar múltiplos front-ends de uma só vez
Todos os frameworks apresentados acima são voltados a navegadores web. Além desses, existem os chamados frameworks multiplataforma para front-end, utilizados para o desenvolvimento de aplicações nativas. Aplicações nativas costumam ignoram navegadores, uma vez que esse tipo de aplicação roda diretamente em um sistema operacional, como no Windows, no macOS, no Android ou no iOS.
Um dos populares frameworks multiplataforma para front-end é o Flutter, baseado em Dart, a linguagem de programação do Google. Uma interface de usuário desenvolvida no Flutter pode servir de base para a criação de diversos front-ends, tanto nativos quanto web.
GTK, um framework para front-end nativo, adota uma abordagem parecida. Com ele, você consegue criar front-ends para Linux, Windows e macOS a partir de uma mesma base. Ao contrário do Flutter, o GTK não utiliza tecnologias web. No entanto, ele oferece suporte a uma ampla seleção de linguagens de programação, que podem ser empregadas no framework.