O que é inteligência artificial (IA)?

Inteligência artificial (IA) é, por definição, uma área da ciência da computação que tem como objetivo criar um equivalente técnico à inteligência humana. No entanto, o que significa inteligência e como replicá-la tecnicamente são questões que suscitam diferentes teorias e abordagens metodológicas. Por esse motivo, definir precisamente o que é IA é difícil, já que o conceito de inteligência é bastante complexo.

IONOS AI Model Hub
Sua porta de entrada para uma plataforma de IA multimodal segura
  • Uma plataforma para os modelos de IA mais avançados
  • Preços justos e transparentes baseados em tokens
  • Sem dependência de fornecedor com código aberto

Diferentes significados de IA

A inteligência artificial vem sendo desenvolvida principalmente para resolver problemas técnicos específicos. Assim sendo, a IA não tem por objetivo simplesmente se comunicar como um ser humano, mas executar tarefas altamente especializadas de maneira eficiente. Para avaliar a capacidade de uma inteligência artificial, o Teste de Turing limitado é realizado: se um sistema técnico consegue apresentar habilidades comparáveis às humanas em uma área específica, realizando diagnósticos médicos ou jogando xadrez, este é considerado artificialmente inteligente. Nesse contexto, a definição de inteligência artificial faz uma distinção entre IA forte e IA fraca.

Inteligência artificial forte: A IA ideal

A definição de inteligência artificial forte faz referência a uma inteligência capaz de simular habilidades humanas. Diferentes dimensões de inteligência são consideradas parte da inteligência artificial forte: cognitivo, sensório-motor, emocional e social. A maioria das aplicações atuais de IA encontram-se na área da inteligência cognitiva: lógica, planejamento, resolução de problemas, autonomia e construção de perspectiva individual.

Inteligência artificial fraca: a IA real

A definição de inteligência artificial fraca, por outro lado, trata do desenvolvimento e da aplicação da inteligência artificial em áreas especificamente delimitadas. Atualmente, pesquisas de IA encontram-se neste ponto, ou seja, quase todos os campos de aplicação atuais utilizam IA fraca, todavia extremamente especializada. Entre os exemplos estão carros autônomos, diagnósticos médicos automatizados e algoritmos inteligentes de pesquisa e automação.

O campo da IA fraca obteve sucessos revolucionários nos últimos anos. O desenvolvimento de sistemas inteligentes em subáreas específicas provou ser substancialmente mais praticável e eticamente mais aceitável do que pesquisas de superinteligência, por exemplo.

Como funciona a inteligência artificial?

Depois de entender o que é IA, é preciso decifrar como funciona a inteligência artificial. Dizem que uma IA é somente tão boa quanto sua representação de conhecimento técnico. Duas abordagens metodológicas exploram essa tese:

  1. Na IA simbólica, conhecimentos são extraídos de símbolos, ou seja, este tipo de inteligência artificial manipula símbolos. Ela processa informações “de cima para baixo” e opera com conceitos, correlações abstratas e conclusões lógicas.

  2. Na IA neural, o conhecimento é acessado através de neurônios artificiais interconectados. Ela processa informações “de baixo para cima” e simula neurônios individuais que se organizam em grupos maiores e, juntos, formam uma rede neural artificial.

IA simbólica

Considerada a abordagem clássica da inteligência artificial, a IA simbólica se baseia na ideia de que o pensamento humano pode ser reconstruído partindo do nível lógico-conceitual mais elevado, independentemente de valores empíricos concretos (abordagem de cima para baixo). Assim sendo, o conhecimento é expresso por símbolos abstratos, como pela linguagem escrita e falada. Na IA simbólica, máquinas aprendem a reconhecer, entender e aplicar esses símbolos utilizando algoritmos. O sistema inteligente obtém informações dos chamados sistemas especialistas.

Aplicações clássicas de IA simbólica estão no processamento de texto e no reconhecimento de voz, mas também em outras áreas lógicas, como em jogos de xadrez. Por exemplo, em 1996 o computador Deep Blue, da IBM, venceu o então campeão mundial de xadrez, Garri Kasparov, utilizando-se de IA simbólica. A inteligência artificial simbólica baseia-se em regras fixas e é capaz de resolver problemas cada vez mais complexos, à medida que a tecnologia computacional evolui.

IA neural

Em 1986, Geoffrey Hinton e mais dois colegas recuperaram antigas pesquisas de IA neural, voltando a desenvolver, assim, este campo da inteligência artificial. Ao elaborarem o algoritmo de retropropagação, também chamado de algoritmo de backpropagation, eles fundaram a base do deep learning, conceito utilizado por quase todos os tipos de inteligência artificial atuais. Graças a esse algoritmo de aprendizagem, redes neurais profundas podem aprender e crescer constantemente e de forma independente.

Assim como faz o cérebro humano, a inteligência artificial neural segmenta o conhecimento em unidades funcionais minúsculas: neurônios artificiais que se interconectam formando grupos cada vez maiores (abordagem de baixo para cima), que resultam em uma rede neural multifacetada. Em contraste com a IA simbólica, redes neurais podem ser treinadas (na robótica, por exemplo, com dados sensório-motores). A IA neural usa o aprendizado de máquina para gerar seu conhecimento em constante crescimento. Essa é, inclusive, sua grande inovação: embora a fase de treinamento seja relativamente longa, uma vez treinado, o sistema é capaz de aprender de forma independente.

Exemplos de inteligência artificial em diferentes projetos

Seja no reconhecimento facial, na assistência por voz, no reconhecimento de imagens ou em softwares de tradução, a IA está cada vez mais presente na vida cotidiana. Mesmo que você evite utilizar essas ferramentas, dificilmente escapará da influência delas nos ambientes digitais. Sugestões de produtos de lojas virtuais ou recomendações de vídeos do YouTube, Netflix e afins são produzidos por sistemas de inteligência artificial que trabalham constantemente para aprimorar resultados.

  • ChatGPT: O ChatGPT é um chatbot de inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI. Esse modelo de linguagem de grande escala (LLM, large language model) entende entradas de texto em linguagem natural e pode responder perguntas, criar conteúdos, fazer citações e traduções, entre outras coisas.
  • RankBrain: O RankBrain é um algoritmo de IA do Google, desenvolvido originalmente para compreender melhor o funcionamento de buscas longas e ainda desconhecidas. Em 2015, o próprio Google declarou que o RankBrain era o terceiro mais importante dentre os mais de 200 fatores de classificação de suas pesquisas, ao lado dos links e do conteúdo. Isso quer dizer que o RankBrain exerce grande influência sobre as práticas de SEO.
  • DeepMind: DeepMind é uma empresa conhecida por suas criações tecnológicas inovadoras usando IA. Ela foi comprada pelo Google em 2014, e entre seus produtos estão o AlphaGO, programa de computador que “zerou” o jogo de tabuleiro Go com perfeição. Em abril de 2023, o Google anunciou a fusão da DeepMind com sua própria divisão interna de IA, o Google Brain. As pesquisas da DeepMind são, de certa forma, especiais, porque a empresa adiciona memória de curto prazo às inteligências artificiais por ela criadas.
  • DALL-E: Essa inteligência artificial, também da OpenAI, cria imagens 2D ou 3D exclusivas e impressionantes em segundos, baseadas em comandos escritos inseridos pelos usuários. A versão beta do software é aberta, e está disponível desde setembro de 2022. Sua equipe de desenvolvedores afirma que o aplicativo é usado para criar mais de 2 milhões de imagens por dia.
  • Alexa (Amazon) e Siri (Apple): Os assistentes virtuais Alexa e Siri são sistemas de inteligência artificial que adotam a tecnologia do controle de voz para ajudar usuários em tarefas cotidianas, como na busca por informações. Por síntese de fala (speech synthesis), eles são capazes de emitir respostas em linguagem natural.
Dica

Crie o seu site com a ajuda da IA, com toda facilidade. Para escrever textos, configurar a paleta de cores e gerar imagens, a inteligência artificial leva apenas alguns segundos. Programado para ajudar com a otimização para os mecanismos de busca (SEO). O AI Website Builder da IONOS também ajuda você a melhorar a sua classificação no Google e demais buscadores.

Possibilidades e riscos da inteligência artificial

Existem previsões positivas e negativas sobre como essa tecnologia mudará as nossas vidas. Conheça as principais possibilidades da IA, assim como seus maiores riscos.

Possibilidades e vantagens da IA

O avanço da inteligência artificial possibilita as mais distintas oportunidades, sendo as mais importantes, talvez, relacionadas ao mundo do trabalho. Isso se deve ao alto grau de desempenho e às perspectivas econômicas que a IA abre.

Mais vagas de emprego e mais tempo livre

A inteligência artificial demanda novos e importantes conhecimentos e funções de trabalho, impulsionando a economia de modo geral. Especialistas são unânimes em afirmar que a IA impactará radicalmente o mercado de trabalho. Ainda, a eficiência da IA pode, em princípio, aumentar o tempo livre dos trabalhadores.

Mais conforto

Defensores e promotores da IA enxergam melhorias no conforto que inovações tecnológicas levam à vida cotidiana. Carros autônomos e softwares de tradução inteligente, por exemplo, estão entre as aplicações possíveis, que facilitam a vida cotidiana de todos que se abrem à tecnologia.

Otimização de desempenho

Máquinas atingem taxas de erro menores que humanos: o desempenho delas é impressionante. Tarefas desempenhadas por inteligência artificial podem, assim, ser de benefício público geral. O setor da saúde e o judiciário, por exemplo, têm a possibilidade de utilizar máquinas inteligentes de forma promissora. Embora especialistas não esperem que médicos e juízes sejam substituídos por tecnologias artificiais, elas podem ajudar estes profissionais a reconhecer padrões e a decidir sobre procedimentos mais rápida e objetivamente.

Ganhos econômicos

Há também grandes expectativas de ganhos financeiros pelos setores que criam a inteligência artificial. A área de IA está experimentando um crescimento notável em todo o mundo, como afirma o Global Artificial Intelligence Markets Report. O estudo mostra que financiamento do setor dobrou em 2021 ao redor do mundo, chegando a US$ 66,8 bilhões. No subcampo da IA generativa, investimentos aumentaram oito vezes desde 2022, chegando a US$ 25,2 bilhões em 2023, de acordo com o relatório Artificial Intelligence Index Report 2024, da Universidade de Stanford.

Dica

Você tem um projeto web ligado à inteligência artificial? Então adquira um domínio .ai exclusivo com a IONOS. Ele ajudará você a deixar ainda mais claro o tema do seu site: artificial intelligence.

Projetos para o futuro

Por último, mas não menos importante, a inteligência artificial estimula o desejo natural do ser humano de descobrir cada vez mais coisas. A IA já está sendo usada para explorar poços de petróleo e controlar robôs em Marte. Presume-se que essa tecnologia avance exponencialmente, expandindo para cada vez mais áreas de aplicação.

Riscos e desvantagens da IA

Especialistas e até mesmo grandes ícones do progresso tecnológico alertam sobre os riscos da inteligência artificial, apesar de beneficiarem-se dela. Iniciativas mais amplas, como a organização de pesquisa e lobby Future of Life Institute, também fazem coro às vozes críticas, mobilizando personalidades importantes para lutar por um desenvolvimento responsável dessa tecnologia.

Substituição humana

Um possível risco temido por muitos, e corroborado por histórias de ficção científica, é o desenvolvimento de uma “superinteligência”: tecnologia que aprimora a si própria, tornando-se independente dos seres humanos. Entretanto, muitos pesquisadores consideram praticamente impossível o desenvolvimento de uma inteligência artificial deliberadamente maliciosa. De toda forma, existe o risco real de inteligências artificiais tão ou mais competentes assumirem funções próprias da vida humana.

Dependência tecnológica

A crescente e demasiada dependência dos seres humanos à tecnologia também está entre os cenários temidos. Na assistência médica, por exemplo, onde o uso de robôs já está sendo testado, pessoas estão sendo cada vez mais monitoradas por sistemas técnicos. Vigilância por vídeo auxiliada por IA e algoritmos inteligentes também estão entre as preocupações que ferem a privacidade.

Proteção de dados

Algoritmos inteligentes podem processar crescentes conjuntos de dados de forma cada vez mais eficiente. Para o e-commerce, em particular, essa possibilidade é bastante vantajosa. Contudo, o processamento de dados por tecnologias de inteligência artificial torna o controle sobre dados pessoais extremamente difícil. Isso quer dizer que usuários não conseguem saber mais quais de seus dados estão sendo utilizados, e por quem.

Percepção seletiva dentro da bolha

O ativista da internet Eli Pariser destaca os chamados “filtros” ou “bolhas de informações” como mais um risco da inteligência artificial. Se algoritmos baseiam cada vez mais os conteúdos que oferecem a um usuário no próprio comportamento anterior deste mesmo usuário (conteúdo personalizado), a visão de mundo apresentada se tornaria cada vez mais restrita. Tecnologias de IA poderiam promover percepções seletivas, aumentando a já crescente distância ideológica entre indivíduos.

Influência e formação de opinião

Tecnologias de IA também podem ser capazes de orientar deliberadamente a opinião pública ou usar bots para influenciar atitudes das pessoas. Essa preocupação faz sentido, uma vez que existem inteligências artificiais que conhecem seus usuários até o último detalhe.

Este artigo foi útil?
Para melhorar a sua experiência, este site usa cookies. Ao acessar o nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Mais informações
Page top